Este trabalho visa investigar a maneira em que as vozes dos sujeitos diaspóricos ficcionais da obra How the García Girls Lost their Accents, de Julia Alvarez, negociam o embate entre duas culturas – a caribenha, oriunda da República Dominicana, no Caribe, e a estadunidense, proveniente dos Estados Unidos da América; assim como as implicações de tal negociação na vida do imigrante, uma vez que são questões relevantes na escrita de Julia Alvarez. Para tanto, leva-se também em consideração a questão da língua na construção da identidade imigrante, visto que o bilingüismo é um fator chave na negociação que as irmãs García agenciam entre suas porções caribenha e estadunidense para buscar entender onde se posicionam no mundo contemporâneo. Na literatura de Alvarez, o entre-lugar pretende ser um espaço ao qual o imigrante/personagem tem direito. Entretanto, a situação das irmãs García expõe a ilusão de que tem-se direito a todo e qualquer espaço, quando na verdade este espaço – na ficção e na vida – é, muitas vezes, segregante, cerceador e excludente.