Este artigo propõe uma discussão acerca do ensino da literatura, tanto no nível médio quanto superior, seguindo o pensamento de Antônio Candido (1995, p. 242), para quem a literatura “é fator indispensável de humanização e, sendo assim, confirma o homem na sua humanidade, inclusive porque atua em grande parte no subconsciente e no inconsciente”. A literatura possui, então, uma função humanizadora que a converte em poderoso instrumento de educação e instrução. Além de Candido, recorreu-se a Eagleton, Barthes, Perrone-Moisés, Todorov, entre outros estudiosos do fenômeno literário. Enfatiza-se uma didática que privilegia o prazer da experiência de leitura literária, colocando-se a obra literária como objeto principal de discussão e abordagem e os saberes teórico-críticos como ferramentas de apoio. Objetiva-se construir prioritariamente o aluno como sujeito-leitor crítico e produtor de textos interpretativos relevantes sobre o literário, focando a avaliação do conteúdo na leitura/escrita/reescrita da experiência de leitura.