CIDADE DE DEUS: UMA OBRA DISSONANTE.
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A fundamentação teórica encontra-se em textos críticos acadêmicos e da mídia impressa e eletrônica de críticos literários como Roberto Schwarz, Lúcia Nagib e Ivana Bentes e críticos jornalísticos, como Marcelo Janot. Para melhor pontuar o tema, foi selecionado o fragmento inicial do filme de cinco minutos e a cena de número trinta (1:52h – 1:55h) conhecida como “a cena da galinha”, correspondente às páginas 258-260 do livro, ali intitulada como “a cena do galo”. Trata-se de narrativa circular representativa do mundo caótico e fragmentário evocado na ficção na qual as personagens, em sua maioria com nomes de coisas ou marcas, são marcadas pela dissolução de suas identidades devido a sua reificação. O efeito inverso, de humanização das personagens animais, pode ser interpretado como uma das causas das críticas negativas às obras, que ressaltou o caráter dissonante do autor em relação aos status quo de representação da realidade suburbana. 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