Artigo Anais ABRALIC Internacional

ANAIS de Evento

ISSN: 2317-157X

ENTRE DISCURSOS QUE RESSIGNIFICAM TERRITÓRIOS, FRONTEIRAS E SUJEITOS NA LITERATURA BRASILEIRA

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Publicado em 12 de julho de 2013

Resumo

Os homens produzem a história, criam a linguagem e agem; transformam a realidade, as relações de produção, suas estruturas e fazem literatura. Neste sentido, o literário e o político se imbricam e a comunicação artística se faz dentro de um campo intelectual e não propriamente com os sujeitos históricos objetos de representação (Abdala Junior, 2007). A escritura enfoca, assim, o espaço poético na multiplicidade dos campos de produção, abarcando o conjunto do nacional em que o particular (regional) está em função do social numa perspectiva dialética de estudo da literatura dita ‘periférica’ em seus espaços de representação. Por essa vertente, Pierre Bourdieu (1989) entende o discurso regionalista como um discurso performativo que impõe uma forma de dizer, unificando e homogeneizando o mundo social. Assim, buscando revisitar estes conceitos e seus possíveis deslocamentos, a presente comunicação propõe estudar o processo de construção dialética de uma literatura brasileira produzida em Mato Grosso que se estende por variados campos de representações em que a história e a memória projetam discursos que se re-atualizam. Tais experiências intersubjetivas serão vistas como forças díspares e singulares que constroem mecanismos de articulação entre arte, cultura e política, transformando o modo de ver/sentir as relações sujeito e sociedade. Desta forma, é possível reconhecer, a partir de um espaço externo aos grandes centros de circulação cultural, o movimento de construção das identidades, das fronteiras diversas, das territorialidades como função da história, da literatura e de outras manifestações de linguagem na construção de conceitos ressemantizados em e pelas “regiões culturais” (Angel Rama, 2001) que compuseram o cenário latino-americano. Significa, enfim, trabalhar por paradigmas, neutralizando a falsa dicotomia entre universal e particular, como propõe Giulio Agamben (2005).

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