Artigo Anais ABRALIC Internacional

ANAIS de Evento

ISSN: 2317-157X

PARA ALÉM DO AQUÁRIO: OS ESTILHAÇOS DA MULHER REFLETIDA.

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Publicado em 12 de julho de 2013

Resumo

O texto literário, por mais que se mantenha desobrigado de tratar ou manifestar relações sociais ou políticas, traz no amálgama de sua estrutura enquanto organismo que fala através de alguém inserido em um determinado meio, a sociedade que representa. A literatura arrasta a história de seu tempo como predicado de sua própria significação. Eis o contorno metonímico do romance Verão no Aquário de Lygia Fagundes Telles, ele denota a problemática social, política e existencial do contexto urbano brasileiro dos anos 60, que descortina um novo palco para a mulher, através de um romance em que os seres ficcionais esbarram com o rompimento hierárquico do núcleo familiar. Paralelo e intrínseco a esse cenário é apresentada a narradora protagonista que se expõe como metáfora dessa mulher que renasce após o atribulado período de descoberta de sua identidade e de sua presença no mundo. Através de uma enxurrada poética da subjetividade, frontalmente ligada aos recônditos do inconsciente, a história de Raíza vai sendo desfiada no enredo emaranhado por elementos simbólicos que, labirinticamente, vão se vinculando nas malhas do texto. Mais do que explicar, o presente trabalho busca apontar e sugerir possíveis interpretações para esses descaminhos seguidos pelas personagens, mulheres, no percurso narrativo. Buscaremos reacender a discussão sempre fecunda e nunca esgotada sobre as questões de gênero e as particularidades de uma escrita produzida por mulheres. Evidenciaremos os indícios sociais exibidos lateralmente na narrativa tentando contextualizá-los com o momento de sua criação. Indagaremos sobre a carga simbólica que contorna o romance na tentativa de decifrar as neblinas que o perpassam. A leitura de Verão no Aquário provocou estas questões que foram clareadas por autores como Antonio Candido, Olgária Matos, Teresa de Lauretis, Nelly Novaes Coelho, Lúcia Castelo Branco, Gaston Bacherlard, Jean-Eduardo Cirlot e alguns outros. Diante da literatura somos impelidos a aceitar que o porto não é definitivo, olhares outros pousarão sobre a obra feita com a argamassa da palavra que teima em remodelar-se, em apresentar novas feições. O que tentaremos perfilhar no presente estudo é a face das personagens que se estilhaçam e se recompõem durante um verão de passagem, assistindo, através do calvário da narradora, como a herança de um reflexo petrificado é rompida e recriada. A mulher dissolve esse silencioso aquário de aparências para refletir-se em inúmeros e maiores espelhos.

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