A produção literária na contemporaneidade aborda temáticas variadas, abrangendo variados tempos, lugares e vozes. Protagoniza, dessa maneira, mútliplos e distintos “dizeres” e subjetividades, em movimentos significativos de construção, desconstrução ou reconstrução em contextos particulares. Assim, a memória se torna um dos elementos estéticos recorrentes para o aporte dessas produções. O objetivo, portanto, desta comunicação é refletir sobre a memória enquanto elemento constitutivo de “dizeres” e valores no espaço contemporaneo, em autores da literatura africana. Recorta-se para esta reflexão a obra Beloved (1987), de Toni Morrisson e Balada de amor ao vento (1990), de Paulina Chiziane, obervando nessas narrativas uma memória em constante construção, mediada por uma escrita que se ocupa como espaço de experiência e subjetivação.