Rubem Braga se destacou na literatura brasileira apenas escrevendo crônicas, com textos carregados de lirismo Antonio Candido definiu o cronista como “o mais poeta dos prosadores do modernismo”. Estudando o cronista observou-se que a sua crônica se destaca pelo trato especial que dá as palavras e, por isso, foi o único escritor que se destacou escrevendo apenas para jornais e revistas. No referido trabalho, pretende-se mostrar questionamentos sobre o livro Melhores contos – Rubem Braga, seleção de Davi Arrigucci Jr. O livro apresenta uma seleção de crônicas de Rubem Braga, mas apesar de terem sido publicados inicialmente em jornais, o título do livro já indica que os textos selecionados foram denominados de contos. Davi Arrigucci Jr. destaca que Rubem Braga viveu por vezes modificando os seus textos, motivo pelo qual pode-se observar e analisar a evolução dessas crônicas até chegar ao livro de contos. O objetivo deste trabalho é mostrar como se fará análise genética e de gêneros presentes nesses textos, para descobrir se realmente houve modificações até chegar ao texto final do livro. Para tanto, utilizaremos os textos de Louis Hay, considerado o fundador da crítica genética; Philippe Willemart, o introdutor da crítica genética no Brasil; e também outros estudiosos do assunto no Brasil como: Cecília Almeida Salles, Claudia Amigo Pino, Roberto Zular, entre outros. Além desses teóricos da crítica genética, também utilizaremos textos teóricos sobre os gêneros conto e crônica. Por isso, observa-se que a análise dos textos do livro Melhores contos – Rubem Braga, através da genética textual e das teorias sobre os gêneros, ajudará no desenvolvimento da pesquisa, já que estaremos trabalhando com o processo de criação desse texto final.