OS CONTÍNUOS EFEITOS DA COLONIALIDADE
"2013-07-12 00:00:00" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1843 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php #connection: "mysql" +table: "artigo" #primaryKey: "id" #keyType: "int" +incrementing: true #with: [] #withCount: [] +preventsLazyLoading: false #perPage: 15 +exists: true +wasRecentlyCreated: false #escapeWhenCastingToString: false #attributes: array:35 [ "id" => 4221 "edicao_id" => 14 "trabalho_id" => 558 "inscrito_id" => 927 "titulo" => "OS CONTÍNUOS EFEITOS DA COLONIALIDADE" "resumo" => "Nossa contemporaneidade, marcada por processos e práticas diversas, como a globalização da economia, o multiculturalismo, as constantes migrações (impostas ou livres), tem desestabilizado o caráter estável de muitas populações e culturas. Diante disso, novas pertenças se constroem e minam noções fixas de nação e de sujeito (HALL, 2003), desencadeando a necessidade de repensar de modo crítico e reflexivo determinados conceitos, num constante alargamento de fronteiras disciplinares. No contexto africano de colonização portuguesa, torna-se ainda mais significativo pensar tais questões, pois os produtos culturais oriundos destes países, dentre eles a literatura, têm desempenhado importante papel na escrita da identidade cultural de seu povo. Nesse sentido, o presente trabalho tem por objetivo refletir sobre os contínuos efeitos da colonialidade, presentes no conto O efeito estufa (em Filhos da Pátria, 2001) do angolano João Melo. Segundo Inocência Mata (2012), ele é um dos escritores mais “políticos” da atualidade que desvela as incongruências, inconsistências, contradições e amoralidades da sociedade angolana através do paródico, do humorístico, do satírico ou do irônico. Em O efeito estufa a construção de uma narrativa bastante peculiar, cheia de “parênteses”, que conta com um narrador muito brincalhão e uma linguagem despojada, contribui para a construção de uma identidade cultural da sociedade angolana pós-independência, pós-guerra e multipartidária representada pelo personagem Charles Dupret, que, ironicamente, tem em seu próprio nome, a presença do hibridismo cultural, mas manifesta veemente a sua recusa a esse processo, com construções discursivas que levam ao riso. Assim, vemos que a imagem da nação inscrita na produção discursiva de João Melo está metaforizada no título, pois o efeito estufa e a colonização parecem produzir os mesmos efeitos: se o efeito estufa pressupõe a retenção do calor na terra, as nações que passaram por processos de colonização acabam por “reter” identidades culturais outras. Uso o termo “reter” entre aspas, pois sabemos que as fronteiras das nações são porosas e as culturas marcadas pela heterogeneidade, mesmo a de povos colonizadores, tomando o pensamento de Said (2011) de que territórios são sobrepostos, portanto as histórias são entrelaçadas e as culturas impuras. Para analisar esses processos de negociação cultural que permeiam as encruzilhadas entre os discursos da colonialidade e da pós-colonialidade, entre eu e outro, e as sobreposições de poder, tomaremos como base as teorias dos Estudos Culturais e Pós-Coloniais (Stuart Hall, Homi Bhabha, Walter Mignolo)." "modalidade" => null "area_tematica" => null "palavra_chave" => null "idioma" => null "arquivo" => "Completo_Comunicacao_oral_idinscrito_927_16f6adae6ee9e471c385630b20af63fd.pdf" "created_at" => "2020-05-28 15:52:50" "updated_at" => "2020-06-10 13:11:26" "ativo" => 1 "autor_nome" => "CASSIANA GRIGOLETTO" "autor_nome_curto" => "CASSIANA" "autor_email" => "cassiana.grigoletto@gmail" "autor_ies" => "UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - UFPE" "autor_imagem" => "" "edicao_url" => "anais-abralic-internacional" "edicao_nome" => "Anais ABRALIC Internacional" "edicao_evento" => "XIII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Literatura Comparada" "edicao_ano" => 2013 "edicao_pasta" => "anais/abralic/2013" "edicao_logo" => "5e48acf34819c_15022020234611.png" "edicao_capa" => "5f17347012303_21072020153112.jpg" "data_publicacao" => null "edicao_publicada_em" => "2013-07-12 00:00:00" "publicacao_id" => 12 "publicacao_nome" => "Revista ABRALIC INTERNACIONAL" "publicacao_codigo" => "2317-157X" "tipo_codigo_id" => 1 "tipo_codigo_nome" => "ISSN" "tipo_publicacao_id" => 1 "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento" ] #original: array:35 [ "id" => 4221 "edicao_id" => 14 "trabalho_id" => 558 "inscrito_id" => 927 "titulo" => "OS CONTÍNUOS EFEITOS DA COLONIALIDADE" "resumo" => "Nossa contemporaneidade, marcada por processos e práticas diversas, como a globalização da economia, o multiculturalismo, as constantes migrações (impostas ou livres), tem desestabilizado o caráter estável de muitas populações e culturas. Diante disso, novas pertenças se constroem e minam noções fixas de nação e de sujeito (HALL, 2003), desencadeando a necessidade de repensar de modo crítico e reflexivo determinados conceitos, num constante alargamento de fronteiras disciplinares. No contexto africano de colonização portuguesa, torna-se ainda mais significativo pensar tais questões, pois os produtos culturais oriundos destes países, dentre eles a literatura, têm desempenhado importante papel na escrita da identidade cultural de seu povo. Nesse sentido, o presente trabalho tem por objetivo refletir sobre os contínuos efeitos da colonialidade, presentes no conto O efeito estufa (em Filhos da Pátria, 2001) do angolano João Melo. Segundo Inocência Mata (2012), ele é um dos escritores mais “políticos” da atualidade que desvela as incongruências, inconsistências, contradições e amoralidades da sociedade angolana através do paródico, do humorístico, do satírico ou do irônico. Em O efeito estufa a construção de uma narrativa bastante peculiar, cheia de “parênteses”, que conta com um narrador muito brincalhão e uma linguagem despojada, contribui para a construção de uma identidade cultural da sociedade angolana pós-independência, pós-guerra e multipartidária representada pelo personagem Charles Dupret, que, ironicamente, tem em seu próprio nome, a presença do hibridismo cultural, mas manifesta veemente a sua recusa a esse processo, com construções discursivas que levam ao riso. Assim, vemos que a imagem da nação inscrita na produção discursiva de João Melo está metaforizada no título, pois o efeito estufa e a colonização parecem produzir os mesmos efeitos: se o efeito estufa pressupõe a retenção do calor na terra, as nações que passaram por processos de colonização acabam por “reter” identidades culturais outras. Uso o termo “reter” entre aspas, pois sabemos que as fronteiras das nações são porosas e as culturas marcadas pela heterogeneidade, mesmo a de povos colonizadores, tomando o pensamento de Said (2011) de que territórios são sobrepostos, portanto as histórias são entrelaçadas e as culturas impuras. Para analisar esses processos de negociação cultural que permeiam as encruzilhadas entre os discursos da colonialidade e da pós-colonialidade, entre eu e outro, e as sobreposições de poder, tomaremos como base as teorias dos Estudos Culturais e Pós-Coloniais (Stuart Hall, Homi Bhabha, Walter Mignolo)." "modalidade" => null "area_tematica" => null "palavra_chave" => null "idioma" => null "arquivo" => "Completo_Comunicacao_oral_idinscrito_927_16f6adae6ee9e471c385630b20af63fd.pdf" "created_at" => "2020-05-28 15:52:50" "updated_at" => "2020-06-10 13:11:26" "ativo" => 1 "autor_nome" => "CASSIANA GRIGOLETTO" "autor_nome_curto" => "CASSIANA" "autor_email" => "cassiana.grigoletto@gmail" "autor_ies" => "UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - UFPE" "autor_imagem" => "" "edicao_url" => "anais-abralic-internacional" "edicao_nome" => "Anais ABRALIC Internacional" "edicao_evento" => "XIII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Literatura Comparada" "edicao_ano" => 2013 "edicao_pasta" => "anais/abralic/2013" "edicao_logo" => "5e48acf34819c_15022020234611.png" "edicao_capa" => "5f17347012303_21072020153112.jpg" "data_publicacao" => null "edicao_publicada_em" => "2013-07-12 00:00:00" "publicacao_id" => 12 "publicacao_nome" => "Revista ABRALIC INTERNACIONAL" "publicacao_codigo" => "2317-157X" "tipo_codigo_id" => 1 "tipo_codigo_nome" => "ISSN" "tipo_publicacao_id" => 1 "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento" ] #changes: [] #casts: array:14 [ "id" => "integer" "edicao_id" => "integer" "trabalho_id" => "integer" "inscrito_id" => "integer" "titulo" => "string" "resumo" => "string" "modalidade" => "string" "area_tematica" => "string" "palavra_chave" => "string" "idioma" => "string" "arquivo" => "string" "created_at" => "datetime" "updated_at" => "datetime" "ativo" => "boolean" ] #classCastCache: [] #attributeCastCache: [] #dates: [] #dateFormat: null #appends: [] #dispatchesEvents: [] #observables: [] #relations: [] #touches: [] +timestamps: false #hidden: [] #visible: [] +fillable: array:13 [ 0 => "edicao_id" 1 => "trabalho_id" 2 => "inscrito_id" 3 => "titulo" 4 => "resumo" 5 => "modalidade" 6 => "area_tematica" 7 => "palavra_chave" 8 => "idioma" 9 => "arquivo" 10 => "created_at" 11 => "updated_at" 12 => "ativo" ] #guarded: array:1 [ 0 => "*" ] }