A disciplina Literatura Comparada, provavelmente, é uma das mais responsáveis pelo revés dos estudos literários nos últimos anos e também é aquela que mais recente do seu conteúdo de trabalho em face da geração de leitores que a investiga e que, agora, deseja legitimar-se enquanto indivíduos perante os textos que cuidam e acompanham. Não há mais um especialista, mas pesquisadores que entende seus textos, suas referências bibliográficas como lugares de afirmação ou problematização de identidades individuais ou coletivas. Para além de estudos de literatura, parecemos testemunhar estudos políticos, isto é, políticas culturais na literatura. Os setores acadêmicos que ainda trabalham com a disciplina Literatura Comparada cada vez mais precisam tomar partido desses debates. Parece depender de tal cuidado, os rumos dos estudos da literatura e da formação da geração de leitores especialistas em literatura, disseminadores de cânones tanto para a leitura universitária quanto para a leitura escolarizada do ensino fundamental ao médio. Este estudo também pretende implicar a ABRALIC neste debate. Utilizo as ideias críticas de Silviano Santiago, Edward Said e outros. Autores como Jorge Amado e João Ubaldo Ribeiro serão referidos. O termo geração de leitores foi forjado por mim em estudo anterior.