QUEIMA DE ARQUIVO: UM MAL DO ARQUIVO
"2013-07-12 00:00:00" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1843 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php #connection: "mysql" +table: "artigo" #primaryKey: "id" #keyType: "int" +incrementing: true #with: [] #withCount: [] +preventsLazyLoading: false #perPage: 15 +exists: true +wasRecentlyCreated: false #escapeWhenCastingToString: false #attributes: array:35 [ "id" => 4331 "edicao_id" => 14 "trabalho_id" => 108 "inscrito_id" => 283 "titulo" => "QUEIMA DE ARQUIVO: UM MAL DO ARQUIVO" "resumo" => "A palavra grega arkhê designa, ao mesmo tempo, começo e comando, daí vem também a palavra do arkheîon para casa ou um domicílio de magistrados superiores, ou os arcontes, que tinham o controle sobre os documentos oficiais e também o poder de interpretá-los. O conceito de arquivo, no entanto, enfrenta um paradoxo: a reunião do arquivo pressupõe também sua destruição. Este será o percurso desta comunicação. Ela intenta um diálogo com o conceito de arquivo, assim como com o que Jacques Derrida chama de "Mal de arquivo". O conceito de arquivo, por meio do anacronismo, delinea as dobras da virada para uma teoria da memória que fuja ao modelo de chrónos, impondo uma leitura de tempos intensos, kairós. A escritura, maldita na modernidade, representa perigo, é associada ao vazio, ao silêncio, ao jogo. Ela pode, desta forma, resistir, subverter. Foi preciso, muitas vezes na história, destruir, apagar, extinguir a escritura, ou até mesmo a impronta, a marca, o rastro, o arquivo, a biblioteca. Por queima de arquivo entendemos comumente a execução de uma testemunha importante e que poderia denunciar executores de um delito. Apagar o arquivo, dessa forma, é apagar as pistas do crime. Aquele que detém o arquivo, nesta lógica, detém o poder, ou a potência de mudar a história. Apaga-se o detentor do arquivo, ou o arconte (e nesse caso, arquivo e arconte se confundem), porque se acredita, através de uma transferência de valores, extinguir o próprio arquivo. Do morto só restam cinzas e as cinzas, ao contrário do que se pensa, não são apenas o resultado de um arquivo extinto, mudo. As cinzas falam pelo morto secretamente. A discussão crítica será perpassada, principalmente, pelo pensamento de Didi-Huberman, Walter Benjamin e Jacques Derrida." "modalidade" => null "area_tematica" => null "palavra_chave" => null "idioma" => null "arquivo" => "Completo_Comunicacao_oral_idinscrito_283_8d649bb44f3174103ef89c4c9d65445d.pdf" "created_at" => "2020-05-28 15:52:50" "updated_at" => null "ativo" => 1 "autor_nome" => "HELANO JADER CAVALCANTE RIBEIRO" "autor_nome_curto" => "HELANO RIBEIRO" "autor_email" => "hjcribeiro@gmail.com" "autor_ies" => "UFSC" "autor_imagem" => "" "edicao_url" => "anais-abralic-internacional" "edicao_nome" => "Anais ABRALIC Internacional" "edicao_evento" => "XIII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Literatura Comparada" "edicao_ano" => 2013 "edicao_pasta" => "anais/abralic/2013" "edicao_logo" => "5e48acf34819c_15022020234611.png" "edicao_capa" => "5f17347012303_21072020153112.jpg" "data_publicacao" => null "edicao_publicada_em" => "2013-07-12 00:00:00" "publicacao_id" => 12 "publicacao_nome" => "Revista ABRALIC INTERNACIONAL" "publicacao_codigo" => "2317-157X" "tipo_codigo_id" => 1 "tipo_codigo_nome" => "ISSN" "tipo_publicacao_id" => 1 "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento" ] #original: array:35 [ "id" => 4331 "edicao_id" => 14 "trabalho_id" => 108 "inscrito_id" => 283 "titulo" => "QUEIMA DE ARQUIVO: UM MAL DO ARQUIVO" "resumo" => "A palavra grega arkhê designa, ao mesmo tempo, começo e comando, daí vem também a palavra do arkheîon para casa ou um domicílio de magistrados superiores, ou os arcontes, que tinham o controle sobre os documentos oficiais e também o poder de interpretá-los. O conceito de arquivo, no entanto, enfrenta um paradoxo: a reunião do arquivo pressupõe também sua destruição. Este será o percurso desta comunicação. Ela intenta um diálogo com o conceito de arquivo, assim como com o que Jacques Derrida chama de "Mal de arquivo". O conceito de arquivo, por meio do anacronismo, delinea as dobras da virada para uma teoria da memória que fuja ao modelo de chrónos, impondo uma leitura de tempos intensos, kairós. A escritura, maldita na modernidade, representa perigo, é associada ao vazio, ao silêncio, ao jogo. Ela pode, desta forma, resistir, subverter. Foi preciso, muitas vezes na história, destruir, apagar, extinguir a escritura, ou até mesmo a impronta, a marca, o rastro, o arquivo, a biblioteca. Por queima de arquivo entendemos comumente a execução de uma testemunha importante e que poderia denunciar executores de um delito. Apagar o arquivo, dessa forma, é apagar as pistas do crime. Aquele que detém o arquivo, nesta lógica, detém o poder, ou a potência de mudar a história. Apaga-se o detentor do arquivo, ou o arconte (e nesse caso, arquivo e arconte se confundem), porque se acredita, através de uma transferência de valores, extinguir o próprio arquivo. Do morto só restam cinzas e as cinzas, ao contrário do que se pensa, não são apenas o resultado de um arquivo extinto, mudo. As cinzas falam pelo morto secretamente. A discussão crítica será perpassada, principalmente, pelo pensamento de Didi-Huberman, Walter Benjamin e Jacques Derrida." "modalidade" => null "area_tematica" => null "palavra_chave" => null "idioma" => null "arquivo" => "Completo_Comunicacao_oral_idinscrito_283_8d649bb44f3174103ef89c4c9d65445d.pdf" "created_at" => "2020-05-28 15:52:50" "updated_at" => null "ativo" => 1 "autor_nome" => "HELANO JADER CAVALCANTE RIBEIRO" "autor_nome_curto" => "HELANO RIBEIRO" "autor_email" => "hjcribeiro@gmail.com" "autor_ies" => "UFSC" "autor_imagem" => "" "edicao_url" => "anais-abralic-internacional" "edicao_nome" => "Anais ABRALIC Internacional" "edicao_evento" => "XIII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Literatura Comparada" "edicao_ano" => 2013 "edicao_pasta" => "anais/abralic/2013" "edicao_logo" => "5e48acf34819c_15022020234611.png" "edicao_capa" => "5f17347012303_21072020153112.jpg" "data_publicacao" => null "edicao_publicada_em" => "2013-07-12 00:00:00" "publicacao_id" => 12 "publicacao_nome" => "Revista ABRALIC INTERNACIONAL" "publicacao_codigo" => "2317-157X" "tipo_codigo_id" => 1 "tipo_codigo_nome" => "ISSN" "tipo_publicacao_id" => 1 "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento" ] #changes: [] #casts: array:14 [ "id" => "integer" "edicao_id" => "integer" "trabalho_id" => "integer" "inscrito_id" => "integer" "titulo" => "string" "resumo" => "string" "modalidade" => "string" "area_tematica" => "string" "palavra_chave" => "string" "idioma" => "string" "arquivo" => "string" "created_at" => "datetime" "updated_at" => "datetime" "ativo" => "boolean" ] #classCastCache: [] #attributeCastCache: [] #dates: [] #dateFormat: null #appends: [] #dispatchesEvents: [] #observables: [] #relations: [] #touches: [] +timestamps: false #hidden: [] #visible: [] +fillable: array:13 [ 0 => "edicao_id" 1 => "trabalho_id" 2 => "inscrito_id" 3 => "titulo" 4 => "resumo" 5 => "modalidade" 6 => "area_tematica" 7 => "palavra_chave" 8 => "idioma" 9 => "arquivo" 10 => "created_at" 11 => "updated_at" 12 => "ativo" ] #guarded: array:1 [ 0 => "*" ] }