Entender como se dá a aprendizagem nos dá a possibilidade de ampliar o horizonte docente. Durante anos, muitos autores desenvolveram teorias de aprendizagem que servem de base para o exercício da docência. Baseado em parte da obra do teórico russo Vygotsky, este trabalho busca avançar uma passo no tocante a compreensão dos processos de aprendizagem. Neste sentido, avançamos na concepção do conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal, e desenvolvemos uma noção expandida. Concepção que afirma que a tomada de consciência dos conceitos científicos ocorre a partir do estabelecimento de uma relação de biunivocidade entre o conjunto de Metáforas Conceptuais existentes no mapa mental de um indivíduo, com o seu repertório linguístico. Para comprovarmos nossas hipóteses, lançamos mão da teoria dos protótipos com o objetivo de mostrar que grupos sociais diferentes criam metáforas relativas às suas experiências socioculturais e têm, também, um repertório linguístico diferente, isto é, tomam consciência de conceitos científicos de acordo com a relação entre tais conjuntos. Dessa forma, foi solicitado a dois grupos (de alunos e de professores) que definissem as palavras amor, raiva e apagar. Ao categorizar as definições de cada grupo, percebemos que o grupo com mais jovens ainda não tinha desenvolvido uma definição prototípica, ou seja, uma convenção sobre o significado das palavras. Dessa forma, concluímos que para se chegar a uma convenção conceptual dentro de um grupo, é necessário que o repertório linguístico subsidie as experiências socioculturais dando a possibilidade da convenção do significado do termo e, consequentemente, sua tomada de consciência.