O objetivo do presente trabalho é uma análise crítica e reflexiva sobre o gênero e o sexo, o discurso patriarcal, os estereótipos femininos e a produção literária produzida por mulheres em um processo anacrônico, a partir das obras: ÚRSULA (1859) de Maria Firmino dos Reis e Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres (1969) de Clarice Lispector. Dois grandes estudiosos da área nos dão suporte para essa exploração, Butle (2008) e Foucault (1998). Com esse aparato teórico, partiremos para pesquisas históricas e anacrônicas, para depreender o passado e suas bagagens que perduram até hoje sobre a sexualidade e o patriarcado, onde o discurso em um processo comunicacional, direciona, domina e gerencia o sistema patriarcado, como disse Foucault em seu livro a Ordem do Discurso (1998), quem domina o discurso, domina o Phatos, e nesse contexto histórico-político, a mulher como escritora literária, embarcada nessa persuasão, tornando-se dominada e isto reflete em seu texto literário até a contemporaneidade, junto com a concepção de sexo como gênero de poder igualitário, e a liberdade da libertação literária, que ocorreu em um processo anacrônico, tendo a intuito de mostrar o poder que a mulher construiu e vem construindo no discurso ao decorrer do tempo.