(Autora) Joseilda Alves de Oliveira; (Coautora) Nara Karolina de Oliveira Silva.
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) Campus de Pau dos Ferros. E-mail: joshitalo@gmail.com; narakarolina25@gmail.com.
Considerando a imagem do negro na sociedade atual como reflexo da representação que se tinha outrora, um passado marcado por lutas de identidade, de liberdade, de direitos, por resistência a uma cultura, onde o negro nada mais era do que objeto de trabalho dos senhores brancos, objetivamos no presente trabalho, analisar, os possíveis sentidos que se manifestam no logotipo do evento (SINAFRO). Interessa-nos olhar não só para a materialidade linguística, mas para o todo da obra. Para tanto, nos norteamos a partir dos questionamentos: i) porque a escolha de um tom de cor e não de outro para a confecção do logotipo do evento; ii) que valores podem estar por trás da escolha dessa imagem feminina, na composição do logotipo; iii) considerando a construção verbal e não verbal do texto, o que essas escolhas podem nos revelar em relação a identidade construída dos povos afro-brasileiros. O trabalho assume como orientação teórico-metodológica central a teoria/análise dialógica do discurso (ADD) depreendida das reflexões do Círculo de Bakhtin e de comentadores desse Círculo. A análise empreendida é de natureza interpretativa com abordagem qualitativa. Tomando como corpus, o logotipo de divulgação do evento, retirada do site de apresentação. Os dados preliminares apontam que a construção discursiva, no logotipo do evento, se caracteriza por um fazer que se utiliza de elementos que valorizam a imagem do negro numa orientação de produção de sentidos que pode reafirmar ideologias dominantes.
Palavras-chave: Construção discursiva. Análise dialógica. Publicidade. Ensino.