O presente artigo discute o modelo de educação formal nas comunidades quilombolas, apresentando uma breve historicização do mesmo, cujo enfoque recai sobre a trajetória de exclusão vivenciada por afrodescendentes no Brasil. Deste modo, utilizamos pesquisa bibliográfica para pensar como na atualidade podem-se perceber, nas comunidades tradicionais negras, traços da referida trajetória de exclusão, frente a qual discutimos a pertinência de se aproximar a educação quilombola de propostas defendidas por Freire (1989, 1996), em favor de uma educação que objetive a emancipação da consciência política do sujeito, a partir de sua história de vida e de seus valores culturais. Tal movimento pode ser realizado através da valorização da oralidade das comunidades quilombolas, no processo educativo, como ponto de partida para fortalecer a discussão crítica sobre os direitos negados e sobre as possibilidades de alcançá-los, tornando este um dos principais objetivos do ensino de História.