O número de casos de violência institucional escolar têm crescido nos últimos anos. Nesse sentido o presente artigo tem como objetivo principal apresentar uma revisão sistemática acerca da violência objetiva nesse contexto por meio da visão do filósofo Zizek. Este compreende os atos violentos como uma consequência dos meios capitalistas e governamentais, principalmente após a globalização. Neste trabalho, enfatiza-se a grande importância da compreensão dos fatos anteriores aos acontecimentos violentos para que se possa, de fato, pensar em uma solução ou uma forma mais direta de atuar contra o bullying. Tendo em vista que as grandes pesquisas e investimentos na área educacional costumam estar diretamente ligados a interesses imediatos, ou seja, a preocupação está em estancar o problema, quando na verdade o problema precisa ser compreendido e, ainda, verificar as consequências e influências do capitalismo no processo da construção de identidades violentas no contexto de uma instituição escolar. Com o fim das análises, pôde-se concluir que o passo anterior ao bullying se dá através de uma ruptura entre o visível e o invisível, entre uma violência propiciada por uma política do medo, explícita e uma violência demasiadamente silenciosa e extremamente presente. Espera-se que este artigo sirva de material para que os envolvidos nas instituições educacionais, principalmente os que lidam diretamente com o bullying, possam compreender os agentes propiciadores ou que dão respaldo a conflitos entre jovens e crianças. Não obstante, espera-se que o trabalho sirva como base para propostas acerca da interação social entre a instituição e o cotidiano que a perpassa.