A realidade dos alunos com necessidades especiais na escola, na maioria das vezes, encontra-se bem distante de uma educação de qualidade e de processos educativos inclusivos. Estes alunos renegados a um trabalho mais efetivo por parte do professor da sala de recursos acabam limitados ao que pode ser desenvolvido nestes ambientes pelo professor responsável. São poucas as ações dos professores das disciplinas no sentido de oferecer outros recursos, senão os destinados aos alunos sem deficiência e há pouco apoio para utilização ou elaboração de recursos inclusivos, que poderiam ser utilizados por todos os alunos, com ou sem deficiência. Sabemos que experimentos são importantes para o aprendizado de ciências e constituem-se em recursos lúdicos que são benéficos ao processo de ensino e aprendizagem dos alunos. Ao mesmo tempo a abordagem da historia da ciência é um pressuposto do Currículo Mínimo Estadual de Física, também podendo contribuir de forma significativa para o aprendizado. No caso do aluno surdo é importante levar para escola discussões sobre a utilização da LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), colaborando assim para que haja um cultura surda num ambiente que se quer inclusivo. Neste artigo descreverei um trabalho conjunto realizado em uma parceria entre o professor de Física e o professor da sala de recursos, qualificando assim o conceito de bi docência, que possibilitou a participação de alunos surdos na Feira Municipal de Ciências e na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, bem como a discussão da situação do aluno surdo na escola e dos recursos a eles destinados. O experimento em si colaborou para introdução de um recurso lúdico, que propiciava uma abordagem histórico-filosófica e que levava para escola uma discussão sobre formas de comunicação, importante para o respeito a LIBRAS como primeira língua do aluno surdo.