Este artigo apresenta uma breve e importante revisão bibliográfica sobre a relação entre a sustentabilidade socioambiental, a inclusão social, e as culturas entre pares infantis na perspectiva dos estudos sobre infância e desenvolvimento humano. Consideramos que as crianças produzem culturas em suas interações, possuem suas especificidades e precisam ser percebidas e incluídas socialmente como cidadãs de direitos. A cultura mais importante na infância é, notoriamente, a brincadeira, e esta atividade contribui muito para a formação da criança e a sua inclusão social, pois ela aprende brincando, criando e recriando culturas. Porém, a brincadeira tem sido uma atividade social infantil muito mal influenciada pela mídia e pelo marketing que supervalorizam o brinquedo em detrimento das relações interpessoais nas brincadeiras, tonando o brinquedo um símbolo de poder e de status social, incentivando o rápido descarte do mesmo para a obtenção de outro e limitando a inclusão das crianças na sociedade de forma crítica e sustentável. Nesse sentido, a educação ambiental na Educação Infantil tem um grande desafio de contribuir para a superação dessa influência insustentável dos discursos da mídia nas culturas entre pares infantis, mais especificamente, nas brincadeiras, para a inclusão social saudável e sustentável das crianças na primeira infância. Buscamos fundamental os estudos da Educação e especificamente da Ambiental e da Infância produzidos por autores e autoras como Loureiro (2012), Corsaro (2011) e Machado (2010) e Vygotiski (1991). A pertinência deste trabalho se traduz pela importância de as escolas e creches se preocuparem em incluir socialmente as crianças de forma consciente e sustentável.