Este ensaio teve como objetivo analisar a poliafetividade como um arranjo familiar cujo núcleo não é monogâmico. Para isso, utilizou-se uma pesquisa bibliográfica, a partir de uma análise do que já foi produzido sobre este tema em livros e artigos. Com isso, foi verificado que a união poliafetiva no Brasil é pouco mencionada, por quebrar regras impostas pela sociedade. Contudo é preciso salientar que o conceito de família diverge de acordo com o país e a cultura, mas apesar dessas diferenças, na maioria dos casos, à família ainda é vista como conceito de relações sexuais heteronormativas e de procriação. Apesar de termos conhecimento da existência desta nova configuração familiar, esta temática continua sendo ignorada no contexto escolar, pois, no cotidiano e planejamento educacional apenas a família tradicional, heteronormativa é abordada. E nesse contexto, crianças que não fazem parte deste padrão, acabam por sentir-se excluídas, anormais, não compreendendo o porquê de não pertencer ao padrão estipulado. Ainda é mais complexo tratar desta temática com os profissionais, pois são trazidos os conflitos citados anteriormente (Religioso, social e psicológico), onde falar sobre é compreendido como incentivar a ser, portanto, viver em uma constituição familiar contemporânea é ir contra aos padrões sociais.