Com o advento dos estudos acerca da Educação Patrimonial e do Patrimônio Cultural material e imaterial, a Geografia buscou aprofundar discussões em meio aos novos desafios de construir caminhos para o desenvolvimento do ensino e aprendizagem, em face da necessidade de renovação das práticas de ensino que se apresentaram no início do século XXI. Desse modo, tal ciência tem lançado um olhar diferenciado para esses desafios, através da Geografia Cultural e do estudo da Paisagem Cultural. Objetivamos, no presente artigo, discutir sobre o ensino de Geografia na Educação Básica, tendo como enfoque a memória e o patrimônio no campo da Educação Patrimonial. Autores como Tardif e Lessard, Candau, Geertz, Santos e Sacristán nos dão o aporte teórico para refletirmos sobre a realidade vivenciada no trabalho docente, a problemática do ensino de geografia, mediante a formação da cultura global, e os novos confrontos entre saberes, culturas e práticas no contexto regional e local. Nossa proposta parte de um relato de experiência de pesquisa dissertativa, no campo da educação, com os alunos do ensino básico integral do IFPB (Instituto Federal da Paraíba), Campus Catolé do Rocha. Acreditamos que o papel do professor não se limita a sua disciplina, mas busca mediatizar através dela a valorização do local, das práticas culturais cotidianas e as experiências do sujeito a partir do lugar. Nessa perspectiva, surge a Educação Patrimonial, com o propósito de “autodespertar” o aluno para o saber geográfico, motivado pela necessidade de conhecimento do patrimônio cultural de sua cidade e região. Para tanto, propomos um trabalho de leitura e produção da Literatura de Cordel, em sala de aula, buscando resgatar /criar nos alunos a identidade com a cultura local.