A realização de pesquisas sobre as línguas de sinais em consonância com os diversos estudos sobre a educação de surdas/os, corroboram para o surgimentos de modelos educacionais significativos e que reconhecem as línguas de sinais como essenciais para o estabelecimento das relações comunicativas na escola. Como resultado, as escolas/salas bilíngues surgem na perspectiva de promover o atendimento a todas as pautas educativas da comunidade de surdas/os. Contrário a isso, as lacunas da formação de professores, surdas/os e ouvintes, é uma realidade, tendo em vista que estudos mostram que não temos um número suficiente de ouvintes proficientes no uso e ensino da Libras, bem como de surdas/os proficientes no uso da Língua Portuguesa. Junta-se a isso a ausência de políticas públicas direcionadas a educação das pessoas surdas/as, gerando um quadro de precariedade no acesso e permanência dessas pessoas a educação. Dessa forma, o presente trabalho objetiva discutir a formação de professoras/es que atuarão em escolas/salas bilíngues para surdas/os. A base teórica utilizada para este trabalho foi Lima (2015), Strobel (2009) e Slomski (2012). Essa pesquisa se insere nos estudos da educação inclusiva, se utilizando do método qualitativo, de caráter exploratório, tendo a pesquisa bibliográfica como procedimento para coleta de dados e sendo a análise de conteúdo o procedimento que mais se adequou para a análise dos dados. Por meio da presente metodologia, chegou-se à conclusão que a educação bilíngue para surdas/os ainda é uma utopia para a grande maioria dos surdos, sendo necessário o estabelecimento de uma formação para professores pautada no reconhecimento das/os surdas/os como seres capazes.