Resumo: O sistema vestibular é responsável por três funções, essas funções são a estabilização da imagem na retina, ajuste postural e orientação gravitacional. Uma vez que, haja um distúrbio no processamento das informações do sistema vestibular, este pode causar vários prejuízos ao indivíduo que o possui, pois o prejudica em várias áreas. Na infância as áreas mais afetadas são o lazer e a escola, dois componentes básicos para esse período da vida, na escola essa patologia quando não levada em consideração pode trazer vários prejuízos a criança, tanto no aprendizado como na relação interpessoal com os colegas. Levando em consideração os distúrbios advindos dessa patologia a teoria da integração sensorial pode contribuir muito no tratamento da criança. De acordo com a integração sensorial o sistema vestibular possui funções especificas como: detecta a ação da gravidade, posição e movimento da cabeça, modela o tônus postural, controle da cabeça (pescoço e olho), reações de endireitamento e equilíbrio, conexões auditivas (para orientação espacial) e regulação da ativação. A teoria da integração sensorial especifica a influência do processamento sensorial na vida do ser humano. Mostrando a capacidade do indivíduo de processar as informações do corpo e integra-las as informações do que está acontecendo ao redor para que possa atuar no ambiente. Assim é preciso que as dificuldades apresentadas pela criança sejam trabalhadas o mais rápido possível por uma equipe multidisciplinar. O terapeuta ocupacional busca sempre trabalhar em parceria com a escola e a família, para que assim seja possível trabalhar seus déficits e essa criança possa ser inserida de forma ampla no contexto escolar. Este artigo tem como objetivo apresentar a intervenção do terapeuta ocupacional junto a escola, a fim de trabalhar os déficits de uma criança com distúrbio do processamento auditivo, que estava sendo prejudicada no ambiente escolar em virtude de sua patologia. Trata-se de um relato de experiência resultado do estágio obrigatório do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas – UNCISAL, a atuação das estagiárias se deu a partir da aplicação da Avaliação Infantil II, uma avaliação institucional de rastreio, onde após a aplicação foram traçados objetivos, dentre eles visitas escolares, a fim de observar o contexto e orientar o professor. As visitas escolares foram bastante produtivas, houve uma boa aceitação do profissional por parte da escola, as orientações feitas foram bem recebidas, foi possível perceber uma melhora do paciente ao longo das sessões, pois foi atingido o objetivo de integrar clínica, escola e família no tratamento da criança. O trabalho da clínica em conjunto com a escola é extremamente importante para a evolução do paciente/aluno, pois a patologia que a criança apresenta pode interferir em vários aspectos de sua vida. Estes quando não identificados tendem a piorar em vários sentidos, a escola como espaço promotor de conhecimento e aprendizagem para as crianças, precisa estar presente em todo o processo e o comprometimento do professor em acatar as orientações é fundamental para o tratamento.