Resumo: A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola. Ao reconhecer que as dificuldades enfrentadas nos sistemas de ensino evidenciam a necessidade de confrontar as práticas discriminatórias e criar alternativas para superá-las, a educação inclusiva assume espaço central no debate acerca da sociedade contemporânea e do papel da escola na superação da lógica da exclusão. A partir dos referenciais para a construção de sistemas educacionais inclusivos, a organização de escolas e classes especiais passa a ser repensada, implicando uma mudança estrutural e cultural da escola para que todos os alunos tenham suas especificidades atendidas. Diante disso, o presente artigo busca discutir o olhar equivocado de alguns gestores de municípios paraibanos em relação a inclusão, para garantir, as pessoas com deficiência, o acesso e a permanência na escola pautados na igualdade de direitos como reza a legislação sobre a Educação Inclusiva no Brasil. Pretendemos analisar a luz da teoria como tem ocorrido o processo de inclusão e qual o olhar de alguns gestores de cidades pequenas sobre a inclusão escolar, demonstrado em ações no que se refere à implantação de salas de AEE (Atendimento Educacional Especializado), disponibilidade de cuidadores, intérpretes, etc. para atender as especificidades da pessoa com deficiência na escola regular. Para isso realizamos uma revisão de literaturas que aborda a temática e confrontamos com experiências vividas em salas de AEE. Refletimos sobre a temática a luz de autores como BRASIL (2008), FREIRE (2008), PIETTRO (2005), MATOAN (2006), MIRANDA (2012), entre outros. Contudo percebemos que, foi dada a pessoa com deficiência o direito de estar no espaço escolar, porém as condições que deveriam lhes assistir para atender suas necessidades ainda são tratadas como algo meramente ilusório, que fica apenas no papel. Alguns gestores parecem acreditar que receber a pessoa com deficiência na escola já é suficiente para falar de inclusão e dizer que cumprem a lei. Parece existir uma insensibilidade por parte de quem está à frente das secretarias municipais para com a pessoa com deficiência em relação ao cumprimento da legislação.
Palavras – chave: Gestores, inclusão, pessoa com deficiência.