O presente estudo faz parte de uma investigação que assume o Paradigma Indiciário (Ginzburg, 1989), como método das ciências. A partir de uma pesquisa documental buscou-se identificar indícios da educação em saúde na capacidade de resposta das escolas no contexto da pandemia causada pelo Sars-Cov-2 no estado do Amazonas. A pandemia da covid-19, aprofundou o cenário de crise sanitária e social que desafiou os sistemas de saúde e repercutiu nas práticas pedagógicas e nas rotinas de trabalho da escola. À luz de indícios que se sobressaíram na investigação das orientações pedagógicas das Secretarias de Educação e que emergiram na literatura científica da temática buscou-se dialogar com estudos da educação popular (Puiggrós, 1994; Vasconcelos, 2006, 2015; Gonçalves e Zitkoski, 2019) e da pedagogia crítica (Freire, 1975; Ghedin, 2005; Franco, 2008; Pimenta, 2011). Nessa perspectiva, problematizou-se ângulos de análise do objeto explorando-o e interpretando-o em dimensões contextuais, teóricas e empíricas num recorte que perpassa os anos de 2020, 2021 e 2022. O fazer pesquisa reforçou a necessidade de (re)pensar o paradigma científico dominante na construção do conhecimento e sinalizou na perspectiva da importância de outras práticas de pesquisa na educação. Os indícios mostraram a compreensão de que nas práticas educativas em saúde é fundamental o (re)conhecimento da vida das pessoas, da realidade social e dos problemas vivenciados, e também, que o saber das pessoas sobre a sua saúde e a experiência com o adoecimento apontam caminhos para refletir novos processos educativos na escola.