Este trabalho propõe realizar uma análise partindo da categoria teórico metodológica da verbo-visualidade, ressaltando os sentidos e significados presentes no conto “O Feijãozinho Surdo”, dialogando com alguns conceitos bases de Bakhtin e com a cultura e identidade surda. Assim como, iremos discutir aspectos culturais abordados em Bakhtin (2019) e Peixoto (2018). Reitero que a verbo-visualidade é uma teoria trazida por Brait (2013), que está imbricado nos conceitos Bakhtinianos, afirmando que o uso de imagens acompanhados por textos verbais ou vice e versa emitem uma unidade de sentido e consolidam o sentido do enunciado ou seja são constitutivos. A presente pesquisa, de acordo com o gênero é vista como de natureza aplicada, pois busca construir conhecimentos para a aplicação prática solucionando problemas específicos, no nosso caso os sentidos extraídos da obra literária O Feijãozinho Surdo. Para a elaboração desta desenvolvemos uma abordagem qualitativa mantendo uma relação dinâmica entre a realidade e o sujeito. Uma vez que a referida pesquisa aborda que “um ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento chave” (KAUARK, 2010, p. 26). Como arcabouço teórico, faremos uso de autores como Slomski (2012), Brait (2009 e 2013), Faraco (2009) e Bakhtin (2003,2006). É nítido a característica imagética/visual, assim como, a gráfica em SignWriting contida na obra. No entanto, a presença da visualidade é marcante por meio do imagético e verbal, pois a imagem, como um todo, é um recurso semiótico e traz, na maioria das vezes, experiências do dia a dia que leva o leitor a compreender o contexto histórico-cultural. Concluímos que, através dessa explanação e análise verbo-visual, proporcionaremos à criança surda e toda sua comunidade acesso a sua língua, cultura e identidade; assim como, terá contato com os aspectos literários da sua primeira língua: Libras.