Este artigo configura-se como um relato de experiência e partiu das nossas inquietações com as necessidades e desafios frequentes que as pessoas com deficiência visual apresentam no processo de ensino, aprendizagem e no seu percurso formativo nas escolas públicas brasileiras, aquelas minimizadas por meio do uso de materiais didáticos que possibilitem agregar os caminhos sensoriais individuais aos demais sentidos. Tem-se como objetivo explanar a produção e a aplicação de materiais táteis para alunos com deficiência visual e, por consequência, as práticas pedagógicas (feitas em sala) oriundas desse processo. Assim, busca-se expor como elaboramos e propusemos, perspectivas mais inclusivas como alternativas para o ensino de Geografia no 9º ano do Ensino Fundamental, anos finais, da Escola Estadual Capitão José da Penha (EECJP), em João Câmara, Rio Grande do Norte. Junto ao relato, foi utilizada a pesquisa de caráter bibliográfico e, em menor escala, documental. Para fundamentar o percurso analisado, foram elencados alguns objetos de conhecimento, como: globalização, sistema de monções, continente europeu e alguns temas interdisciplinares. A partir das práticas e atividades planejadas, fundamentadas e implementadas, portanto, é possível evidenciar que a participação das turmas e do aluno com deficiência visual, dentro das possibilidades, estrutura e materiais fornecidos foram satisfatórias. Isso porque, ao longo do processo, foram proporcionados momentos de conscientização e vivências significativas (com o discente se movimentando na sala de aula), a fim de que todos tivessem uma melhor recepção às ideias oriundas da educação inclusiva, a convivência da turma com o aluno e, principalmente, em como essa inclusão seria aplicada ao componente curricular da disciplina de Geografia.