Apesar do Transtorno do Espectro Autista (TEA) ser discutido há décadas, suas causas ainda não são completamente conhecidas, e as evidências científicas atuais apontam ser decorrente de uma interação de fatores, tanto genéticos quanto ambientais. Também é possível constatar o aumento da presença de pessoas com TEA nas escolas, principalmente a partir da educação especial inclusiva, que ressalta a obrigação de atender, no Atendimento Educacional Especializado (AEE), à diversidade de estudantes, no que se referem às ecessidades individuais, bem como às habilidades e aprendizagens. Compreendendo as Representações Sociais como um conhecimento prático, orientadas para a apreensão do contexto social, material e ideativo em que se vive, o objetivo dessa pesquisa é analisar as representações sociais do TEA entre docentes da educação básica. Considera-se que os/as docentes têm papel fundamental na criação e na transmissão de representações sobre determinados grupos. Parte-se de uma pesquisa qualitativa, e o caminho metodológico está sendo percorrido inicialmente a partir da análise de pesquisas realizadas sobre o tema e disponíveis na Biblioteca DigitalBrasileira de Teses e Dissertações (BDTD). Utilizou-se como descritores: representações sociais; autismo; TEA. Foram selecionadas para análise aquelas que tinham docentes como participantes. A partir desse cruzamento, foram encontradas apenas cinco pesquisas. Os principais resultados apontam a representação social do TEA numa oposição de temas, com ancoragens em campos discursivos em dicotomias: inato/adquirido, razão/emoção, inteligentes/esquisitos, iguais/diferentes. Esses elementos indicam a existência de uma representação social normativa, que privilegia conceitos ideológicos e do senso comum, e que podem incidir diretamente na atuação dos/as docentes com pessoas com TEA no ambiente escolar.