A relação entre avanços tecnológicos, melhoria da qualidade de vida e ampliação do processo de inclusão tem sido objeto de atenção na contemporaneidade. Assim, o presente estudo objetiva realizar uma análise crítica dos avanços tecnológicos no contexto da Educação Inclusiva, com base na perspectiva de Zygmunt Bauman. Para isso, foi conduzida uma pesquisa bibliográfica utilizando artigos disponíveis no Portal de Periódicos da Capes e Google Acadêmico, com publicações dos últimos 10 anos. A partir disso, os principais resultados indicam que, Bauman, sociólogo e filósofo polonês, destacou a ligação entre a modernidade líquida e o avanço tecnológico, evidenciando como este último molda as estruturas sociais e as experiências individuais. Ele salientou que a tecnologia é uma ferramenta, cujos efeitos dependem do contexto social. Alertou para os riscos de exclusão social decorrentes do avanço tecnológico, que pode ampliar disparidades sociais ao deixar muitos para trás devido à velocidade e complexidade das mudanças. Por outro lado, A tecnologia pode superar barreiras geográficas e socioeconômicas, tornando o acesso à educação mais amplo e inclusivo. A educação à distância, recursos digitais e plataformas online oferecem oportunidades educacionais de qualidade para pessoas de diferentes origens e habilidades. Além disso, a tecnologia possibilita adaptações curriculares e apoio a alunos com deficiências ou dificuldades de aprendizagem, promovendo sua participação igualitária no processo educacional. Contudo, é crucial investir em infraestrutura, capacitação de professores e políticas educacionais para garantir a equidade no uso da tecnologia e mitigar disparidades no acesso e competência digital. Portanto, destaca-se a necessidade urgente de repensar a relação com a tecnologia e como a utilizamos enquanto ferramenta de exclusão e/ou inclusão.