Este trabalho tem como objetivo principal pesquisar as formas como as variantes linguísticas interferem no processo de ensino-aprendizagem na Escola Estadual Getúlio Vargas de Cocalinho - MT, fazer um levantamento acerca do tratamento dado pelos professores de Língua Portuguesa aos alunos com variedades linguísticas de grupos minorizados e pesquisar como esses alunos são acolhidos, de que forma sua variedade linguística o distancia ou o aproxima do ensino da Língua Portuguesa, como as variedades linguísticas são trabalhadas dentro das aulas e quais ações de respeito às variedades linguísticas podem ser desenvolvidas como formas de valorizar a identidade, a cultura e a individualidade do aluno, bem como a diversidade de formas de comunicação presentes para proporcionar um ambiente educacional efetivamente inclusivo. Como aporte metodológico, esta pesquisa ancora-se na abordagem qualitativa, na qual os dados serão coletados na escola por intermédio de um grupo focal com os professores que lecionam a disciplina de língua portuguesa, estudos, materiais sobre as mudanças na Língua Portuguesa e em suas variações. Como bases teóricas, os dados serão analisados sob a luz da teoria de Marcos Bagno (1997, 2001, 2003, 2007, 2009, 2015), William Labov (2008), Stella Maris Bortoni-Ricardo (2004, 2005). Espera-se que os resultados apresentados possam contribuir para instigar os professores a uma prática crítica e reflexiva, respeitosa e empática, reconhecendo a necessidade de enxergar, como característica cultural e social, as variedades linguísticas trazidas pelo estudante, combatendo qualquer situação de preconceito linguístico.