Ao perceber a educação como um direito de todos e todas, enxergamos nessa premissa, os diretos dos homens e mulheres privados de liberdade a uma educação pública e que contribua para seus processos formativos críticos e libertadores. Nessa perspectiva, o presente trabalho se propõe a refletir sobre o processo de fechamento da turma de Educação de Jovens e Adultos em uma escola estadual que atende ao sistema prisional de João Pessoa e, neste caso específico, a única sala que atende aos educandos que estão no regime semiaberto na Unidade Prisional Juiz Hitler Cantalice. Assim, buscaremos refletir sobre os discursos implícitos e explícitos neste acontecimento e suas implicações no que tange a negação dos direitos daqueles que estão privados de liberdade e, agora, privados do acesso à educação. Para tanto, nos propomos a realizar uma Análise Crítica do Discurso de duas educadoras dessa instituição, acrescentando a este relato de experiência a criticidade de refletir sobre os problemas sociais postos. Como resultados prévios, ressaltamos a necessidade de conferir maior visibilidade às pesquisas que corelacionem a EJA com o contexto prisional numa perspectiva inclusiva, além de também trazer ao debate o cenário de desmonte da modalidade da EJA no contexto educacional na rede estadual da Paraíba e seus desdobramentos no que tange a Educação em Prisões.