A escola possui um papel multifacetado e necessário para formação do indivíduo, que abrange desde o desenvolvimento intelectual até a construção de habilidades sociais essenciais. Nessa perspectiva, é notório as contribuições dessa instituição e do professor para a construção de cenários mais inclusivos e acolhedores dentro do ambiente escolar, consequentemente na sociedade. O presente trabalho busca relatar uma atividade realizada na disciplina de estágio em ensino de biologia 3, do curso de licenciatura em ciências biológicas, sobre a construção de materiais didáticos inclusivos. Com intuito de promover discussões sobre a importância da implementação desse tipo de atividade nos cursos de licenciatura, para o aluno, sociedade, e para o professor a partir do desenvolvimento de habilidades docentes necessárias, como a criatividade e a resiliência. Além disso, o referencial teórico do trabalho foi constituído por estudos que abordam o ensino de Ciências com foco na inclusão de alunos com deficiência. A atividade consistiu na construção de um material didático inclusivo que buscasse atender as necessidades educativas de alunos com deficiência visual, utilizando materiais de baixo custo ou recicláveis. O conteúdo escolhido foi fotossíntese. Desse modo, foi desenvolvida uma representação de uma árvore capaz de simular a entrada do gás carbônico e a saída do oxigênio. Sendo construída a partir de vários materiais, como rolos de papel, cola, barbante, tinta, massa de modelar, etc. O uso de materiais variados teve o intuito de deixá-la com texturas e cores diversificadas, a fim de alcançar alunos com baixa visão e com cegueira. A utilização de materiais didáticos adaptados às necessidades presentes na sala de aula pode proporcionar um ensino mais democrático e inclusivo nas escolas, facilitando o processo de ensino-aprendizagem de todos os alunos (com ou sem deficiência) de forma integrativa e valorizando as necessidades individuais dos discentes.