Por muito tempo a educação de alunos com deficiência esteve presente no centro de debates acalorados. Desde a Declaração de Salamanca em 1994 a inclusão começou a ser discutida e estudada de maneira atenta e cuidadosa no Brasil, principalmente, por meio da Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Inclusão (2008). Esse marco legal foi um divisor de águas mesmo ainda existindo descasos na sua implementação. A partir desse contexto, o presente artigo parte da seguinte problemática: o que uma professora do Ensino Fundamental - anos finais - pode pensar/fazer para incluir seus alunos com deficiência intelectual (DI) em sua sala de aula? Definiu-se então como objetivo: Conhecer as práticas de uma professora do Ensino Fundamental - anos finais, tendo em vista a inclusão de alunos com deficiência intelectual. O percurso metodológico deu-se pela abordagem qualitativa, com objetivo descritivo e exploratório. O tipo de pesquisa caracterizou-se como estudo de caso para o aprofundamento das narrativas e práticas produzidas pela professora com a intenção de incluir os alunos com DI nas vivências educativas de sala de aula. Aplicou-se uma entrevista com perguntas abertas, com a intenção investigativa de constituir o corpus da narrativa da docente sobre as suas práticas de ensino inclusivas. No decorrer da pesquisa, a professora foi nomeada de “Lu”, considerando a questão ética da pesquisa, preservando a sua identidade. Através dos desafios de professora Lu pretendeu-se promover o debate sobre como a inclusão dos alunos com DI pode ser refletida e desenvolvida no cotidiano das salas de aula e, sobretudo, na comunidade escolar como um todo, compreendendo que as práticas de ensino inclusivas podem perpassar os espaços-tempos intra e extra sala de aula.