Falar sobre inclusão é desafiador, sendo que abrange assuntos diversos, como políticas públicas, acessibilidade, educação especial, educação inclusiva, conceito de escola, dentre outros. Refletir sobre a inclusão de autistas na educação infantil, implica em pensar esse conjunto de diversidades. A importância desse artigo versa sobre a necessidade de romper com a barreira do medo e do desconhecido dos professores, provocados pelo advento da inclusão escolar. Mesmo contando com políticas de formação continuada, muitos, nas suas práticas mantêm barreiras atitudinais diante das crianças autistas nas suas vivências. O autismo, é um tema de grande amplitude dentro da literatura e estudos científicos. Para essa pesquisa qualitativa foi realizada uma revisão bibliográfica, dos documentos basilares a exemplo das Diretrizes Nacionais da Educação Básica, Plano Nacional da Educação e das obras de pesquisadores que também estudam sobre a temática em questão como Andrade (2021) e Anjos (2020). Tem-se como aporte teórico para essa pesquisa o modelo social da deficiência da segunda geração. Objetivou-se analisar as produções científicas que abordam as concepções de professores sobre o autismo na educação infantil e os desafios encontrados. Buscou-se com isso, romper com a lógica capacitista voltada a criança autista quando esta é compreendida apenas pelo seu diagnóstico pautado no modelo biomédico, no qual o autismo é visto como um transtorno neurológico que afeta as formas de interagir e se comunicar, incutindo uma perspectiva de incapacidade para a aprendizagem da criança. Os resultados obtidos nesta pesquisa apontam que a concepção biomédica continua presente no que se refere às percepções dos professores sobre deficiência. Fato que lhe atribui importância e fortalece o sentimento de incapacidade no processo educacional, ampliando assim os desafios para inclusão dessas crianças.