A biologia celular é uma área do conhecimento frequentemente conhecida por sua dificuldade de assimilação, dada a complexidade dos conceitos envolvidos e ao alto nível de abstração exigido. Isso se deve ao fato de que as células e seus componentes são estruturas microscópicas, o que torna difícil relacioná-las com a vida cotidiana dos estudantes. No entanto, as células são fundamentais para a vida, sendo o conhecimento em biologia celular essencial para compreender a organização dos seres vivos em todos os aspectos. Essas características tornam o processo de ensino e aprendizagem de biologia celular um desafio tanto para os alunos quanto para os professores. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, a educação de pessoas com necessidades especiais deve ocorrer preferencialmente em ambientes regulares de ensino e, com o aumento do número de matrículas de alunos com necessidades especiais, tem sido observada uma crescente presença desses estudantes no ensino técnico e superior. No IFRJ - campus Rio de Janeiro, a disciplina de biologia é parte do currículo do ensino médio/técnico e superior, nas séries básicas, nos cursos técnicos e nas graduações. Os materiais lúdicos desempenham um papel crucial no ensino de biologia, uma vez que convertem conceitos abstratos em experiências palpáveis e divertidas. A Coordenação do Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais (CONAPNE) do IFRJ - campus Rio de Janeiro atende a um número significativo de estudantes que precisam de apoio educacional especializado. Neste contexto, o projeto Bionapne objetiva fazer uso da ludicidade como uma estratégia de ensino-aprendizagem de biologia celular para alunos portadores de necessidades educacionais especiais através da criação de materiais didáticos que despertem o interesse e facilitem a compreensão como modelos tridimensionais, maquetes e jogos diversos.