As culturas infantis é um tema que ganha espaço nas discussões sobre o reconhecimento das crianças como sujeitos de direitos. A cultura infantil é resultado das relações sociais e dos processos de socialização exercidos e vivenciados entre as crianças. Nesse contexto, as abordagens sobre as culturais infantis nas escolas do/no campo ainda são escassas de reflexões. Diante isso, este estudo objetivou realizar uma pesquisa bibliográfica referente aos temas culturas infantis e escola do/no campo em dissertações no portal da CAPES. A metodologia seguiu uma abordagem qualitativa com a realização de uma revisão sistemática como atividade de pesquisa quanto às diversas produções no campo acadêmico. Foi identificado, inicialmente, um total 756 trabalhos produzidos de maneira geral desde o ano de 1988 até 2023. Ao refinar a busca delimitando os anos de 2021, 2022 e 2023 encontrou-se apenas 29 dissertações que foram lidas e analisadas para constituir o corpus deste estudo. Desse modo, a partir dessa pesquisa inicial buscou-se entender o conceito de culturas infantis por meio dos estudos de Florestran Fernades (2004), sendo definido a partir das relações sociais na compreensão das crianças como sujeito de direitos pelo viés da Sociologia da infância. No entanto, a terminologia das escolas do/no campo segundo os estudos de Miguel Arroyo (2004), em que entende a importância da valorização da cultura do campo na promoção da qualidade da educação destinadas aos filhos dos camponeses. Conhecer esses autores direciona o estudo no campo teórico e possibilita um avanço das compreensões e práticas levadas a cabo nesse contexto. Assim, os resultados preliminares trazem a perspectiva de pensar a educação do/no campo como forma de legitimar as culturas infantis ali presente, na reafirmação de ressignificar a importância desse espaço da efetivação da qualidade da educação destinada aos filhos dos camponeses e camponesas.