As temáticas sobre acessibilidade e inclusão encontram-se na agenda das discussões de políticas públicas brasileiras na contemporaneidade. Entende-se que assegurar condições de acessibilidade a pessoas com deficiência e mobilidade reduzida significa possibilitar que desfrutem de seus direitos com dignidade e equidade de oportunidade em relação aos demais. O presente trabalho busca apresentar uma trilha realizada dentro do arboreto do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro utilizando a multidisciplinaridade do espaço, através de atividades educativas de fomento à educação ambiental crítica na perspectiva da formação integral dos educandos com ênfase no respeito à diversidade. Deste modo, a atividade propõe a equidade de condições para que todos os estudantes possam conhecer e experienciar o Jardim Botânico através da interação com o ambiente, exploração dos sentidos e troca de saberes utilizando os recursos do próprio arboreto, como as plantas, as águas, os sons e as texturas do espaço para atingir o propósito desejado. Exemplifica-se com a atividade realizada na Sumaúma (Ceiba pentandra), uma das maiores árvores da flora mundial e de grande valor simbólico para os povos indígenas da região Amazônica, onde os estudantes são conduzidos a tocarem nas raízes da árvore e por estas serem ocas são capazes de produzir um som o qual os povos originários utilizam para se comunicar na floresta. Pretende-se por meio deste estudo ampliar e melhorar o atendimento à pessoa com deficiência e mobilidade reduzida no Jardim Botânico explorando novas metodologias para uma visitação que respeite a fruição e a vivência dos mesmos dentro do instituto, tendo como objetivo investigar os fatores que conduzem a implementação de novas práticas pedagógicas para a promoção de uma educação ambiental inclusiva.