A disseminação do paradigma da inclusão, nas últimas décadas, em todo mundo, vem suscitando transformações substanciais nas políticas e nos sistemas educacionais, voltadas para a educação das pessoas com necessidades educacionais específicas (NEE). Essas mudanças também ocorreram no contexto da Educação Profissional, mas especificamente, nos institutos federais. Diante dessa conjuntura surgiu o nosso interesse em desenvolver uma pesquisa com o intuito de realizar um resgate histórico das ações voltadas para a inclusão de alunos com NEE, sob a perspectiva dos mesmos. Desta feita tivemos como objetivo geral analisar o processo de inclusão no IFRN-CNAT, destacando os avanços e os retrocessos na visão dos discentes com NEE. Para atingirmos esse objetivo, realizamos uma pesquisa qualitativa, bem como pesquisa de campo e pesquisa bibliográfica, tendo como instrumentos de coleta de dados entrevistas com os alunos com NEE matriculados na Educação Profissional, mais especificamente do Ensino Médio Integrado. No campo das referências do nosso trabalho, nos baseamos em trabalhos como Oliveira (2009), Nunes (2015), Fortes (2017), Martins (2015) que pavimentam a estrada para o resgate histórico da inclusão no contexto da Educação Profissional. As entrevistas abrangiam temáticas sobre o processo de ingresso até o atendimento do Núcleo de Apoio às Pessoas Com Necessidades Educativas Específicas (NAPNE). O resultado da pesquisa nos revelou que muitos se sentem satisfeito com as adaptações que são feitas nas provas para ingressar, contudo destacam que as provas são bem extensas. Destacam a necessidade de apresentação sistemática do NAPNE no início das aulas, discorrendo sobre sua função. Quanto aos que são atendidos no setor, existem aqueles que gostam de seus atendimentos, como também aqueles que pontuam a melhoria dos horários de atendimentos. Quanto as adaptações feitas em sala todos os alunos concordam que elas são muitos boas, o que colabora para o seu aprendizado.