Em sintonia com a perspectiva da inclusão na contemporaneidade, o presente artigo objetiva refletir sobre a atuação profissional no Atendimento Educacional Especializado - AEE. Toma como base a experiência desenvolvida em uma escola de grande porte, da rede pública estadual, situada em João Pessoa na Paraíba. A partir dela serão mostradas as surpresas do campo, no descuido pelos espaços de atuação, na subutilização do exíguo material disponível, na falta de clareza de critérios para a composição da equipe, na ausência de registro de atuação. Serão discutidas as exigências da formação para atuação no setor, mesmo diante do pouco proveito retirado das atividades formativas internas e até da resistência apresentada para adesão ao processo de qualificação profissional visando a inclusão. Caberá ainda menção à distribuição do trabalho no setor, à necessidade de organização racional dos atendimentos especializados, sendo esses destacados em sua possibilidade de funcionar como uma ação coletiva. Questionará a quem pertence a pessoa com deficiência na escola, destacando a dificuldade de adaptação curricular, muitas vezes entendida como atividade infantilizada, completamente fora do contexto das aulas trabalhadas, ou como atividade única para qualquer necessidade. Defende, por fim, a necessidade do planejamento, do uso das mídias sociais como possibilidades inclusivas e como visibilidade política para a comunidade escolar. Ressalta ainda a necessidade da melhora da comunicação interna como forma de inclusão.