O presente artigo analisa a judicialização da in(ex)clusão das pessoas com deficiência no sistema educacional brasileiro, considerando-a como um fenômeno contemporâneo e multifatorial da educação especial na perspectiva inclusiva. Objetivou-se desenvolver uma síntese histórico-jurídica acerca do processo de in(ex)clusão das pessoas com deficiência no ensino escolarizado, buscando evidenciar, sobretudo, aspectos sociais, jurídicos e políticos que têm contribuído, desde a chegada dos europeus até a contemporaneidade, para que a efetivação da educação especial na perspectiva inclusiva ainda seja um desafio para a sociedade brasileira. Para tanto, desenvolvemos uma pesquisa bibliográfica e documental com o desígnio de evidenciar a problemática da in(ex)eclusão social e educacional das pessoas com deficiência. Os dados da pesquisa evidenciam que a diversas normas que garantem, formalmente, a inclusão das pessoas com deficiência na educação brasileira são resultado de um processo histórico de conquistas sociais, todavia, em que pese o reconhecido avanço relativo à normatização de direitos das pessoas com deficiência à inclusão educacional, por vezes, a ascensão da judicialização da in(ex)clusão revela que o Brasil não tem alcançado a efetividade das garantias da inclusão educacional dos sujeitos da educação especial, o que torna necessária e urgente discussões sociais e acadêmicas, a produção de pesquisas e a efetivação de políticas públicas a fim de que a inclusão das pessoas com deficiência se torne uma realidade na educação brasileira.