Este estudo tem como objetivo principal identificar os reflexos, no âmbito do Ensino Superior, no que concerne à fragilidade quanto à apropriação da língua portuguesa (LP) na fase da educação básica. Para alcançar este objetivo, foi necessário analisar os desafios enfrentados pela pessoa surda quanto a exposição da língua portuguesa no contexto do ensino superior, conhecer os impactos da falta de fluência na língua portuguesa, no que corresponde a educação básica, na aprendizagem acadêmica das pessoas surdas no ensino superior e investigar as estratégias individuais desenvolvidas pela pessoa surda para superar as barreiras linguísticas no ensino superior, incluindo o uso de recursos de apoio, redes de suporte e autodidatismo. Essa pesquisa qualitativa, baseada no relato de experiência, realizado através de uma monitoria inclusiva promovida pelo Núcleo de atendimento Integrado, de uma das autoras. Tomamos como referencial teórico, os estudos de Quadros (2019), Pereira (2017), Alves (2020) e Gesser (2012), entre outros. Dentre os achados destacamos os desafios enfrentados pelo aluno surdo no ambiente acadêmico, incluindo dificuldades na compreensão textual da língua Portuguesa escrita que, muitas vezes, resultam em dificuldades para atingir um desempenho satisfatório em disciplinas com vistas à aprovação. Como resposta a esses obstáculos, o aluno recorre ao autodidatismo como estratégia para aprimorar suas habilidades linguísticas em Português, escrito, buscando recursos externos ao ambiente acadêmico convencional. Esta abordagem reflete a importância de reconhecer e enfrentar os impactos da fragilidade na apropriação da língua portuguesa no ensino superior para pessoas surdas, além de ressaltar a necessidade de promover políticas e práticas inclusivas que garantam o pleno desenvolvimento acadêmico e a igualdade de oportunidades para todos os estudantes, independentemente de suas habilidades linguísticas.