O autismo está associado a um conjunto de Transtornos Globais do Desenvolvimento – TGD, que têm em comum as funções do desenvolvimento afetadas. Apesar de a legislação vigente assegurar direitos às pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação, a realidade escolar ainda impõe desafios referentes a sua verdadeira inclusão nas atividades diárias. Neste contexto, é urgente o aprimoramento da formação dos professores para realizar propostas de ensino inclusivo. Nesta perspectiva, a aprendizagem colaborativa apresenta-se como uma sugestão viável. Ela fundamenta-se também na teoria Sociocultural, baseada na zona de desenvolvimento proximal de Vygotsky, na qual, um indivíduo aprende com o auxílio de outro com maior experiência, a partir da interação social. Os objetivos deste trabalho foram: observar como a aprendizagem colaborativa auxilia no processo de inclusão; perceber como o estudante cria autonomia e desenvolve sua atividade a partir da aprendizagem colaborativa; e refletir como a postura docente interfere na inclusão do estudante com autismo. Como resultado, foi possível perceber que: o estudante conseguiu participara dos projetos e atividades desenvolvidas em sala a partir da mediação de dois colegas; com as orientações o estudante sabia exatamente como proceder e conseguia criar/desenvolver os trabalhos de maneira autônoma; a postura e a observação do docente foram essenciais para que o estudante se sentisse incluso, aceito e acompanhasse os conteúdos e suas respectivas atividades de maneira participativa. Este trabalho é um relato de experiência vivenciado no 3º ano de um curso médio-técnico de uma instituição federal de ensino. As observações e as atividades foram feitas ao longo do ano de 2023.