O padrão docente no ensino superior brasileiro, revela a falta de representação das diferenças existentes no Brasil. O objetivo deste estudo é investigar a existência de diferentes grupos identitários na docência no ensino superior e dialogar com as orientações teóricas que abordam a diferença, atinente a abordagem de Deleuze (2009), filósofo e referência na discussão na educação e diferença. A metodologia consiste de uma pesquisa qualitativa de natureza descritiva e caracteriza-se por ser uma pesquisa bibliográfica embasada em Gil (2002). Os resultados da presente pesquisa demonstram que o cenário do ensino superior brasileiro não configura as diferenças que a sociedade brasileira apresenta, devido ao padrão instituído pela sociedade, o que dificulta o acesso da diferença e perpetua a desigualdade. Deleuze no presente estudo configurou a discussão sobre o distanciamento e o reconhecimento do diferente em uma cultura de homogeneização e enraizada no preconceito e na discriminação. Foi possível compreender que devem ser empregadas ações pertinentes para que as universidades brasileiras promovam uma gestão universitária equitativa, através de políticas institucionais consolidadas democraticamente. Assim como a legislação brasileira deve assegurar e favorecer a representatividade e a diferença no âmbito da educação superior, através de novas legislações que abordam o estudante mais também os docentes considerados diferentes.