A Educação Especial e o atendimento às pessoas com deficiência parte, historicamente, de um processo de invisibilização e exclusão. Quando se começa a ter um olhar para estas pessoas, primeiramente, pensa-se em um atendimento voltado para cuidar-lhes das necessidades físicas, médicas e psicológicas, em uma perspectiva assistencialista e patologizante. Ao longo do tempo, estabeleceu-se a integração dessas pessoas aos lugares comuns que antes lhes eram negados, como à escola. Neste sentido, a integração obrigava a entrada das crianças no ambiente escolar, mas não fomentava mudanças para que esse ambiente pudesse se tornar acolhedor e inclusivo. Na atualidade, observa-se cada vez mais a tentativa de efetivar uma inclusão que de fato conceda à criança o direito de aprendizagem e de ser e estar ativamente na escola. Com este breve preâmbulo, considera-se que, para debater sobre a educação especial inclusiva, é necessário fazer considerações sobre todo o caminho histórico percorrido por estas pessoas, como brevemente se fez acima, refletindo tanto sobre os avanços nas políticas públicas, como também, sobre os diferentes olhares lançados a esse público durante esse processo, como a concepção médico/higienista, que muito marcou todo esse histórico, para que então se possa pensar sobre a integração e inclusão e suas interfaces no ambiente escolar. Espera-se verificar, a partir de uma revisão bibliográfica, o percurso histórico da educação especial ao longo do tempo até chegar ao enfoque inclusivo da atualidade, buscando evidenciar o papel do professor em efetivar a inclusão das crianças deficientes ao ambiente escolar, a partir da reflexão acerca das suas perspectivas e concepções sobre a deficiência. Assim como, provocar reflexões sobre o papel da prática docente para que a inclusão não se torne apenas uma integração da criança ao ambiente escolar, salientando, ainda, a importância do fazer pedagógico ao desenvolvimento geral da criança com deficiência.