A comunidade LGBTQIA+ ao longo dos últimos anos conquistou direitos importantes, como: o casamento civil, nome social e a criminalização da homofobia. Esses direitos foram conquistados por meio de muitas lutas e mobilização da referida comunidade. Assim, é importante compreendermos alguns momentos midiáticos que ajudaram tais conquistas. Dessa forma, o presente artigo tem como objetivo principal discutir a falta de representação e visibilidade da comunidade LGBTQIA+ na década de 80. Para tanto, apresentamos os discursos e as imagens exibidas no documentário “Closes”, de 1982, do cineasta paraibano Pedro Nunes. Utilizamos como metodologia uma análise através da linguagem audiovisual do gênero documentário. O mencionado documentário bem retrata os estigmas e os preconceitos em relação à homossexualidade masculina, assim como, a possibilidade de uma relação estável de amor entre pessoas do gênero masculino. Concluímos que o audiovisual pode ser uma ferramenta pedagógica que pode mediar a compreensão de temas que ainda inquietam a pós-modernidade, a exemplo da homofobia. Analisando o preconceito que contribuiu para um contexto de discriminação e marginalização, afetando negativamente a vivência desses indivíduos. Por meio da análise do documentário, busca se compreender a realidade que essas pessoas enfrentavam, dado o contexto histórico, e sua constante luta para sobreviver. Essa pesquisa se fundamenta em teorias sobre representação e visibilidade LGBTQIA+ na sociedade, tendo como base a análise do documentário produzido por Pedro Nunes, destacando a importância da representatividade para a construção de identidades positivas e o combate à discriminação. Além disso, baseia-se em conceitos relacionados à educação inclusiva, explorando sua relevância na promoção dos direitos humanos, na valorização da diversidade e na construção de uma sociedade mais justa e solidária. Concluímos que o audiovisual pode ser uma ferramenta pedagógica para compreendermos temas que ainda inquietam a pós-modernidade a exemplo da homofobia e transfobia.