O presente estudo tem como objetivo geral analisar os trabalhos publicados durante e pós pandemia acerca da vivência infantil e adolescente nesse período. Portanto, especificamente, é preciso visualizar as principais expressões psicossociais e emocionais desse público-alvo, além de destacar as principais diferenças de acesso ao ensino remoto emergencial de qualidade e a ligação com o contexto socioeconômico, assim como refletir sobre as influências do ensino remoto para o desenvolvimento de estratégias pedagógicas que reduzam os déficits no aprendizado e promovam a motivação. Dessa forma, o artigo é uma revisão de literatura sistemática integrativa que usa como base de dados o LILACS (Literatura Latino- Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), propositalmente a BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) é a fonte principal da pesquisa, com a seleção de palavras-chave, como “aprendizagem”, “covid-19”, “crianças”, “adolescentes”. Com isso, gerando artigos que passaram por triagem para seleção final minuciosa e direcionada para o escopo do estudo, dessa forma, três trabalhos científicos restaram como produto final. Por meio da pesquisa bibliográfica, ao comparar os três textos científicos, observamos que a desmotivação dos alunos, a evasão e exclusão escolar, os atravessamentos biopsicossociais, os marcadores sociais da maioria da população impactada de forma negativa e o desenvolvimento de políticas públicas mitigadoras da dificuldade da continuidade plena do ensino remoto emergencial são pontos em destaque. Por fim, consideramos que o ensino remoto emergencial escancarou disparidades econômicas que afetam a educação de crianças e adolescentes por todo o país, e os empecilhos durante esse período apontam para a necessidade de políticas públicas robustas que visem abordagens educativas integrativas que trabalhem com a motivação e a satisfação no processo de ensino-aprendizagem, mas também que existam intervenções que minimizem as diferenças de acesso ao ensino de qualidade entre alunos e alunas brasileiras.