O presente estudo é uma pesquisa teórica cujo objetivo é identificar os aspectos legais da função do Acompanhante Terapêutico dos indivíduos com autismo nas salas de aula regulares das escolas no Brasil, comparando com a proposta do profissional dentro da Análise do Comportamento. Dessa forma, o trabalho aborda inicialmente o conceito e a incidência do Transtorno do Espectro do Autismo; o que diz a legislação acerca do Acompanhante Especializado, sua capacitação profissional para atuar como tal profissional; e o papel do Acompanhante Terapêutico na perspectiva da Análise do Comportamento Aplicada, que tem sido muito utilizada no tratamento para o autismo, por apresentar comprovações científicas. Diante da discussão, conclui-se que a lei brasileira não consegue definir com clareza as qualificações necessárias para o Acompanhante Especializado. Devido a essa lacuna na legislação, a escassez de analistas do comportamento no Brasil, somada à urgência do profissional em sala de aula, resulta na falta de qualificação especializada da maioria dos profissionais para essa função. Nesse contexto, a Análise do Comportamento Aplicada, uma intervenção baseada em evidências científicas, surge como requisito relevante para aprimorar a qualificação dos Acompanhantes especializados em salas de aula no Brasil. Ao invés de apenas cuidar das atividades diárias, essa abordagem visa promover situações de aprendizagem e desenvolvimento em diversos aspectos: comportamental, acadêmico e de cuidados pessoais.