O presente estudo teve como objetivo identificar a trajetória escolar de estudantes com deficiência matriculados na Educação de Jovens e Adultos (EJA), no Ensino Médio e em particular na cidade de Recife estabelecendo relações com os diversos contextos históricos a partir das políticas públicas implementadas desde a Colônia até os dias atuais e identificando os mecanismos de acesso, permanência ou exclusão nessa modalidade de ensino no que diz respeito à educação formal. A educação especial na modalidade da educação de jovens e adultos constitui um processo de inclusão de pessoas que foram duplamente excluídas da sociedade. Nessa temática, a análise de fatores que compõem esse contexto permite que sejam expostas realidades e que, a partir daí, sejam estudadas as diferentes vertentes que formam essa modalidade. Trata-se de uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa, que contou com a participação de 05 estudantes de uma escola da Rede Pública da cidade de Recife. Os dados foram coletados com alunos e com uma professora do Ensino Fundamental I, que compreende uma turma de 24 alunos com idade a partir de 15 (quinze) anos, e somente um professor, onde na respectiva escola atende uma turma seriada de educação de jovens e adultos de modo que atende o ciclo 1 (um) e 2 (dois) que compreende de 1º ao 4º ano. Acrescenta-se à pesquisa o fato de que, à medida que se deu voz aos participantes, puderam ser identificados aspectos importantes durante a escolarização, necessários para compreender melhor suas trajetórias. No entanto, foram observados desafios presentes para a efetivação da inclusão no contexto da EJA, principalmente relacionada à acessibilidade física. Relata o início da Educação de Jovens e Adultos e a educação inclusiva bem como os dilemas e desafios para os alunos.