O PIBID tem nos proporcionado uma experiência não só na rede pública, mas com o ensino de alunos surdos, algo com o qual, até pouco tempo, não tínhamos qualquer vivência. Além disso, integrar esse programa nos possibilita relacionar teoria e prática no cotidiano da escola durante a nossa formação como futuros professores de Língua Portuguesa, além de nos possibilitar o contato com a diversidade na Educação Especial. As bases de dados sobre a aprendizagem da Língua Portuguesa como uma língua adicional para estudantes surdos são poucas. Trabalhar essas especificidades nos permite pensar a língua como um instrumento que soma conhecimentos àqueles já pertencentes ao sujeito, levando em conta o meio, as relações cotidianas e as identidades que um indivíduo assume ao longo de sua vida (SOLER, 2022). A partir da perspectiva de educação bilíngue, mostra-se evidente uma necessária reflexão, inclusive na formação de professores de língua portuguesa, a respeito da prática pedagógica para o ensino do português como segunda língua. Em tal contexto, é necessário considerar-se o aporte cultural do aluno, bem como garantir que as representações visuais sejam prioridade nessa abordagem. Ademais, é inegável a importância ainda da formação continuada e específica de professores para o ensino de Língua Portuguesa voltado à comunidade surda, buscando capacitar os docentes para que estes possam oferecer aos alunos um aprendizado da Língua Portuguesa de qualidade e realmente significativo. Participar do PIBID com o ensino do português para alunos surdos é uma experiência que contribui na formação de estudantes do curso de Letras. Além disso, uma experiência humana e pedagógica, um exercício coletivo para os dois sistemas de formação, a universidade e a escola.