Este artigo apresenta um ensaio da pesquisa de mestrado da autora, cujo objetivo é visibilizar trajetórias de alunos periféricos do curso noturno de licenciatura em matemática da Universidade Federal do Rio de Janeiro, trazendo para a roda tensionamentos entre espaços acadêmicos e os sujeitos que os compõem, a fim de refletirmos possibilidades de ensino, permanência e pertencimento de alunos periféricos dentro do curso de licenciatura em matemática. Esta pesquisa de cunho narrativo, baseia-se em experiências, vivências e afetos de trajetórias de vida, social e acadêmica, dos participantes e sua própria trajetória. Sendo a autora, portanto, sujeita de sua própria pesquisa. Suas narrativas se fundamentam e dialogam com estudos de autores que refletem o racismo estrutural e discutem possibilidades outras de ser e estar no mundo, a partir de perspectivas contra-coloniais, decoloniais e práticas, sociais e educacionais, antirracistas.