Considerando o atual contexto social, evidencia-se a necessidade de discutir temas que subvertem a lógica conservadora que circunda a educação, sobretudo, a educação matemática. Percebe-se a urgência em questionar a suposta “neutralidade” da matemática e relacioná-la a questões de raça, gênero e sexualidade. Neste artigo, serão analisadas e discutidas respostas dadas por alunas e alunos do ensino médio de um instituto federal a questões envolvendo probabilidades, mas que propõem também a reflexão sobre temas sociais e relações de gênero e raça nas ciências ditas exatas. A partir desta análise, percebemos a reação de estranhamento às questões discursivas nas avaliações de matemática. Além disso, constatamos a existência de discursos que tendem a reforçar o silenciamento de corpos que desviam dos padrões normativos.