O presente trabalho tem por objetivo refletir acerca do trabalho realizado no Centro de Cidadania LGBTI Agulhas Negras, no que se refere à requalificação civil de pessoas trans e travestis, articulando a retificação de prenome e gênero a partir do Provimento 73/2018 à promoção da cidadania desses sujeitos. O objetivo deste relato é promover discussão e reflexão sobre as barreiras enfrentadas cotidianamente junto aos Cartórios de Registro Civil de Pessoas Naturais, aos Departamentos de Identificação Civil e Receita Federal e órgãos das três esferas de governo. Em um ano de existência do Centro de Cidadania LGBTI Agulhas Negras, foram realizados 46 atendimentos com solicitação de alterações de documentação civil, sendo a grande maioria efetivada com êxito, mas com casos isolados em que foram necessárias judicializações. No entanto, conclui-se, a partir das experiências, que as pessoas trans e travestis atendidas apresentam maior qualidade de vida e empoderamento a partir do momento em que começa a vivenciar, na forma da lei, o uso do seu nome condizente com sua identidade de gênero.